Dentre todas as mulheres, apenas a Santíssima Mãe de Deus obteve a condição de Mãe e Virgem. Nela, a virgindade não impediu a fecundidade, nem a fecundidade destruiu a virgindade. Cristo não veio ao mundo para romper nenhuma carne, pois como adentrou num cômodo sem derrubar as paredes, também adentrou ao mundo sem romper as entranhas de sua Mãe: “ESTANDO TRANCADAS AS PORTAS, VEIO JESUS E PÔS-SE NO MEIO DELES.” (S. João 20, 26) Em Maria, a maternidade e a virgindade são graças divinas, e Deus não lhe concedeu uma graça por meio da destruição de outra. Qualquer derramamento de sangue para conceber, gerar e dar à luz a Cristo significaria sacrifício pela salvação humana, o que só poderia ocorrer por meio do derramamento de sangue e rompimento da carne do próprio Jesus na cruz: "POR ESTA RAZÃO, JESUS, QUERENDO PURIFICAR O POVO PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, PADECEU FORA DAS PORTAS.' (Hebreus 13, 12) “TEMOS COMUNHÃO RECÍPROCA UNS COM OS OUTROS, E O SANGUE DE JESUS, SEU FILHO, NOS PURIFICA DE TODO PECADO." (1 S. João 1, 7) Por isso, o corpo da Virgem manteve-se intacto, nos fenômenos Divinos dos quais participou, quais sejam, concepção, geração e dar ao mundo o Cristo, o Emanuel, o Deus feito homem: "O ANJO ME FEZ VOLTAR PARA O CAMINHO DA PORTA DO SANTUÁRIO QUE OLHAVA PARA O ORIENTE E QUE ESTAVA FECHADA. O SENHOR DISSE: ESSE PORTÃO DEVE PERMANECER FECHADO. NÃO SERÁ ABERTO E NENHUM HOMEM ENTRARÁ POR ELE PORQUE O SENHOR, O DEUS DE ISRAEL, ENTROU POR ELE." (Ezequiel 44. 1, 2)Por isso ainda, na Maternidade Divina, castidade e fecundidade não se anularam, antes, cooperam e coexistiram santificadas num único elemento. “NO CORPO DE MARIA, SEMPRE VIRGEM, FEZ HOMEM POR NATUREZA, SENDO AINDA DEUS PERFEITO.' (S. Hipólito de Roma, anos 170-236, Fragmentos 08. 2)