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1O LADRÃO CRUCIFICADO SE SALVOU APENAS PELA FÉ? 

R: Não, pois além de acreditar em Cristo, também praticou a fé por atos concretos. Se diz do ato de caridade ou bondade, toda ação capaz de transformar uma realidade atual em algo novo e melhor: "Todo aquele que está em Cristo é nova criatura. Passou o que era velha; EIS QUE TUDO SE FEZ NOVO!" (2 Coríntios 5, 17)' RECONHECER-SE CULPADO; ACEITA A JUSTIÇA SOBRE SEUS ATOS E SE ARREPENDER são posturas dos que já se encontraram com o Bem. Esses foram os sinais da conversão do ladrão, agraciado com a fé que aceitou livremente receber por Cristo. Todavia, sua principal atitude foi defender Jesus, enquanto este era ofendido pela multidão e por outro crucificado: "Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu. Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele, dizendo: Se és o Cristo, então, livra-te a ti e a nós. Mas o outro o repreende: Sequer temes a Deus? Para nós isso é justo. Recebemos o que merecemos por nossos crimes. Mas este não fez mal algum." (S. Lucas 23. 39- 41) O ladrão arrependido foi a voz que não se calou contra a injustiça que crucificava e oprimia um inocente. Seus atos o fizeram se salvar, recebendo o perdão por suas falhas: "Jesus, lembra-se te mim quando tiverdes entrado no teu Reino. Jesus respondeu: 'Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no paraíso.' (S. Lucas 23, 42-43) 


2. OS ATOS DE JUSTIÇA E AMOR DO LADRÃO VIERAM DE DEUS? 

R: Sim, pois em nossa imperfeição, amamos mais facilmente a nós que aos outros. Por isso é normal nos indivíduos certo egoísmo. O egoísta não reparte a bondade que gratuitamente recebe, seja de Deus ou dos homens, porque só visa ganho. É preciso crer, E deixar que os auxílios divinos atuem em nós, por nós, para que assim se possa amar ao próximo e a Deus: "Eu sou a videira; vocês os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muitos frutos, pois, SEM MIM NADA PODEM FAZER." (S. João 15,5) Só o amor ao próximo nos cura do egoísmo: (...) que cada um respeite o próximo, considerando antes de tudo sua vida e meios necessários para mantê-la dignamente. Nenhuma lei, por si só, fará desaparecer os preconceitos e as atitudes de orgulho e egoísmo que constituem obstáculos para uma sociedade fraterna. Esses comportamento só cessam com a caridade, que nos faz ver cada ser humano como irmão.' (CATECISMO § 1931)




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