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Adão é a figura imperfeita do homem, ao passo que Cristo é o homem perfeito. O imperfeito em sua ceia, obteve a comunhão com o pecado: “PODES COMER DO FRUTO DE TODAS AS ÁRVORES DO JARDIM; MAS NÃO COMAIS DO FRUTO DA ÁRVORE DO CONHECIMENTO A RESPEITO DO BEM E DO MAL, POIS NO DIA EM QUE DELE COMERES, MORRERÁS.” (Gênesis 2. 16 e 17) Mas o perfeito desfaz a ceia do imperfeito por meio de outra Ceia: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (S. João 6. 54-56) Comer é ato de unidade com o que é externo, quando se coloca para dentro aquilo que será unido ao corpo, tornando parte integrante dele, como é o alimento. Adão ceou para a morte. Cristo, para a ressurreição. Se na comida de Adão encontrou-se o pecado, na de Cristo temos seu sacrifício de Amor que apaga a inimizade e o distanciamento entre Criador e criatura. A obra da serpente, dando o fruto proibido para que a humanidade tivesse comunhão com o ódio e o desamor, é desfeita na obra de Cristo, que no fruto da vinha e do trigo, deposita o Amor que nos reconcilia com Deus: «Na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo. Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor. (Concílio Vaticano II. Decreto sobre o ministério e a vida sacerdotal) A eucaristia é o sinal do sacrifício que foi gerado num Amor elevado ao extremo, no Amor de Deus pela humanidade.’ (CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA S. JOÃO PAULO II, Cap. 02)  Cristo é o segundo Adão, que restaura o primeiro onde o este falhou, instituindo o alimento da vida eterna onde antes havia a ceia da morte: O primeiro Adão, ao ser criado, recebeu a vida, mas depois, voluntariamente a perdeu. O segundo que é Cristo é aquele que em sua humanidade recebeu a vida eterna pra novamente ser partilhada conosco. E assim, ao cearmos com Cristo e em Cristo,  nos revestimos da natureza deste último, que nos restaura a Imagem de Deus, outora corroída pela transgressão adâmica. 

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