Antes de levar Isaac para entregá-lo a Deus, provando sua obediência, a justiça da fé em Abraão era apenas CONTADA. Todavia não CONFIRMADA, pois “(…) SUA FÉ LHE É IMPUTADA EM CONTA DE JUSTIÇA.” (Romanos 4.5) “IMPUTAR EM CONTA” (λογίζομαι) significa ser suposta, creditada para no futuro vir a ser confirmada: “FOI PELA SUA FÉ QUE ABRAÃO, SUBMETIDO A PROVA, OFERECEU ISAAC.” (Hebreus 11.17 e 18) “À PROVA” (πειράζω) implica situação a ser testada, antes de vir a ser confirmada. Pela fé, Abraão amou mais a Deus que a vida do próprio filho. E, confiando no amor de Deus, obedeceu-lhe, tornando-se justo só após ter sua FÉ PROVADA POR AÇÕES concretas de fidelidade, nas quais conduziu Isaac ao monte, iniciando o que poderia ter resultado em sua morte. A prática da obediência amorosa, elevou a fé de Abraão à perfeição, sendo só então, capaz de justificá-lo: “(…) O anjo do Senhor lhe gritou: Abraão! Não estendas a tua mão contra o menino, e não lhe faças nada. AGORA SEI QUE TEMES A DEUS, POIS NÃO ME RECUSASTES TEU PRÓPRIO FILHO, TEU ÚNICO FILHO. POIS QUE FIZESTE ISSO, E NÃO ME RECUSASTE TEU FILHO, TEU ÚNICO FILHO, EU TE ABENÇOAREI.” (Gênesis 22. 11, 12 e 16) Ninguém é justificado numa fé abstrata, que está apenas na teoria e não na prática, não produzindo atos, ações e obras a ela correspondentes, o que se mostra equivocada a defesa da tese de que, sem as obras da fé, mas só pela fé – ‘sola fides’, o ser humano se torna justo diante de Deus, “porque os que OUVEM A LEI NÃO SÃO JUSTOS DIANTE DE DEUS, MAS OS QUE PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS.” (Romanos 2, 13)