A água batismal é o elemento visível pelo qual nos vem os efeitos invisíveis do sacrifício humano de Cristo na cruz, no qual somos isentados de todo pecado até então cometido, inclusive, do pecado original, presente em nossa natureza. Quando Batizamos, tomamos parte da natureza humana de Cristo, sendo incorporados nele como membros de sua impecável e gloriosa humanidade. No Batismo, a Humanidade de Cristo e a humanidade dos pecadores que o recebem estão unidas. A condição original da velha natureza humana é sacrificada e morre junto com Cristo, para renascer após a morte junto com Ele: “FOSTES BATIZADOS, FOSTES REVESTIDOS DE CRISTO.” (Gálatas 3, 27): “PELO BATISMO NOS INCORPORAMOS À PAIXÃO E À MORTE DE CRISTO, SEGUNDO AQUILO DO APÓSTOLO: SE SOMOS MORTOS COM CRISTO CREMOS QUE JUNTAMENTE VIVEREMOS TAMBÉM COM CRISTO. POR ONDE É CLARO QUE A TODO BATIZADO É COMUNICADA A PAIXÃO DE CRISTO COMO REMÉDIO, COMO SE ESSE PRÓPRIO BATIZADO A TIVESSE SOFRIDO E TIVESSES SATISFAÇÃO SUFICIENTE POR TODOS OS PECADOS DE TODOS OS HOMENS. LOGO, O BATIZADO FICA LIVRE TOTALMENTE DO REATO DA PENA QUE DEVERIA SOFRER, POR CAUSA DO PECADO, COMO SE TIVESSE SUFICIENTEMENTE SATISFEITO POR TODOS OS SEUS PECADOS. (AQUINO. Santo Tomás. Q 69. Art. 2° Livro IIIa Suma Teológica ) O Batismo retira do sacrifício de Cristo, o efeito que nos livra do pecado original e nos purifica dos demais pecados atuais que temos até aquele momento. Quando batizamos, deixamos morrer em nós a velha natureza humanidade vinda de Adão para nos configurarmos a nova natureza humana que nos vem por Cristo. Morremos na primeira humanidade; para renascermos na segunda. Substituímos a natureza de Adão, pela qual não poderíamos mais ter acesso aos bens da vida eterna; e a substituímos pela de Cristo, que por causa do sacrifício na cruz nos restabeleceu acesso a esses bens, caso queiramos; bens esses, necessários à salvação: “O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também nos faz "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo. (CATECISMO §1265)