Apesar de não nos condenar por si só ao juízo eterno, o pecado original nos faz praticar atos imperfeitos nos privam de certos bens espirituais superiores que só encontramos na vida em Deus, como o desejo de arrepender pelo mal cometido, a bondade, o Amor Benfeitor, solidariedade e a inocência. Ora, a falta de tais bens em nossa caminhada terrena pode nos fechar acesso a Deus e a vida celestial após a morte. Não se pode combater com eficiência um efeito, sem antes, combater diretamente sua causa. Assumir ou nos livrar do pecado original nos é colocado aos nascermos. Os atos que nos condenam decorrem da condição da nossa origem, privada desde a concepção, da graça, justiça, bondade e perfeição, nas quais toda raça humana fora criada antes do pecado de Adão. Ao assumir conscientemente a condição de pecador, seremos culpados pelos atos pecaminosos gerados dessa condição. Rejeitando-a, seremos perdoados, pela consciência do arrependimento que nos vem pelo Batismo. O remédio só é eficaz se aplicado na origem da doença, não em seus sintomas. Por isso, aquele que pretende que lhe seja dada a boa consciência de reconhecer e evitar o pecado atual, ordenando sua vontade livre em direção a Deus, corrigindo os atos, condutas, pensamentos e palavras para que não se desviem da vontade e do Amor Divino, deve buscar o remédio espiritual contra o pecado original, no Batismo instituído por Cristo, o qual não só nos livra do pecado original, senão, também, de todos os pecados pessoais e atuais cometidos até o recebimento do sacramento batismal: "FOI EM VÃO QUE CONSERVEI O CORAÇÃO PURO E NA INOCÊNCIA LAVEI AS MINHAS MÃOS? (Salmos 72, 13) “(...) DEUS AGUARDAVA COM PACIÊNCIA, ENQUANTO EDIFICADA A ARCA NA QUAL POUCAS PESSOAS, ISTO É, APENAS OITO SE SALVARAM DO DILÚVIO POR MEIO DAS ÁGUAS. ESSA ÁGUA PREFIGURAVA O BATISMO DE AGORA, QUE VOS SALVA TAMBÉM, NÃO PELA PURIFICAÇÃO DAS IMPUREZAS DO CORPO, MAS PORQUE CONSISTE PEDIR A DEUS UMA CONSCIÊNCIA BOA PELA RESSURREIÇÃO DE JESUS." (2 S. Pedro 3. 20 e 21)