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Parece que ao nascer, Cristo não trazia em si a sabedoria universal ou onisciência, precisando aprender sobre todas as coisas, pois diz a Escritura que Ele: "(...) CRESCIA EM SABEDORIA AOS OLHOS DE DEUS E DOS HOMENS.” (Lc 2, 52); e o próprio Jesus: "(...) NADA FAÇO DE MIM, MAS COMO O PAI ME ENSINOU.” (Jo 8, 28) Mas em contrário, se diz que no Verbo Cristo, Deus se tornou homem sem deixar de ser Deus (Jo 1.1-14), conservando toda sua Divindade na humanidade assumida. Mas não pode haver Divindade sem onisciência, nem onisciência que não esteja na Divindade, pois ser Deus é ser sábio, no que então, Cristo não precisou ser ensinado, porque, como os imperfeitos, nascera desprovido de sabedoria, mas porque sua onisciência fora deliberadamente ocultada do mundo para se revelar oportunamente. Um mestre pode ensinar tanto ao ignorante para que este adquira sabedoria;  quanto ao sábio o momento adequado para utilizar a sabedoria que já possui. Por isso, Deus não ensinou Jesus sobre as Escrituras, nem as letras da Lei ou a Tradição auricular dos profetas e patriarcas, mas lhe ensinou o momento em que convinha despertar o conhecimento que em si trazia, conforme o Espírito da Sabedoria que o Pai lhe infundiu desde o ventre materno, conhecimento este, não acrescentado, mas despertado, porque Nele já existia, estando oculto para ser revelado apenas quando lhe conviesse: “[…] enriquecidos de uma plenitude de inteligência para conhecerem o mistério de Deus, isto é, CRISTO, NO QUAL ESTÃO ESCONDIDOS TODOS OS TESOUROS DA SABEDORIA E DA CIÊNCIA.” (Colossenses 2, 3)

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