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A Divindade não poderia ter sido concebida e gerada pela Mulher se não tivesse realmente assumido a natureza humana.1 Nisso se notam três coisas: Uma: a geração e o nascimento da Pessoa Divina do Cristo foi o testemunho material E VISÍVEL de que Deus, de fato, passou a viver na carne, tomando para si nossa natureza para fazer efetivamente parte da história humana, vindo a ser contado entre os seres humanos. E isso, sem deixar a eternidade e a imortalidade, porque quando foi concebido e nasceu, Ele não se excluiu de sua Divindade, como está escrito: “NELE HABITA CORPORALMENTE TODA PLENITUDE DA DIVINDADE.” (Colossenses 2.9) Duas: A geração e o nascimento não marcam o início da existência do Ser Divino que é eterno, MAS O COMEÇO DA SUA EXISTÊNCIA EM NOSSA HUMANIDADE, vez que somente a partir disso, a Pessoa Divina do Filho passa a existir num corpo humano semelhante ao nosso. E três: Gerar não significa criar, mas sim, formar algo novo a partir de elementos anteriormente existentes. Por isso se diz que na concepção, Cristo foi gerado na humanidade que remota a Adão. Ora, toda humanidade só pode ser concebida e gerada na natureza humana preexistente: “CRISTO TEM DUAS NATUREZAS. UMA QUE RECEBE ETERNAMENTE DO PAI E A QUE RECEBEU TEMPORALMENTE DA MÃE, PODE ONDE, E NECESSARIAMENTE, DEVEM SER-LHE ATRIBUÍDAS DUAS NATIVIDADES: A PELA QUAL ETERNAMENTE NASCE DO PAI E A PELA QUAL NASCEU TEMPORALMENTE DA MÃE.” (AQUINO. Santo Tomás. SUMA TEOLÓGICA. Q 35. Art. 2° DA NATIVIDADE DE CRISTO. Livro 2a 3e) Logo, a natureza humana, em Adão, foi criada antes que o Verbo de Deus nela se encarnasse. Todavia, como essa natureza humana desde sua concepção no ventre santíssimo da Virgem estava unida à Divindade de Cristo, reconheçamos que a imortalidade e a eternidade, que são atributos próprios de sua Divindade, agora, pela união das naturezas, tornaram-se possíveis a humanidade. Nele, toda humanidade ganhou, dentre outros, o direito de ter atributo Divino da vida eterna por participação na Divindade. 


1 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós,” (São João I. 1, 28) Se fez, porque até aquele momento, a Divindade ainda não tinha assumido nossa natureza humana

 


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