R: Cultuar é a maneira1 pela qual nos relacionamos com Deus e tudo que provém de Deus. O próprio Deus revelou duas espécies distintas de cultos, as quais não confundem, nem se anulam. Temos assim, a ‘latria ou adoração’ que nos apresenta Deus no seu sacrifício de amor; e a ‘dulia’ que é o culto de honra ou veneração a tudo que provém, lembra, representa ou manifesta Deus: “Vamos entender que existem diferentes graus de culto. Primeiro de tudo, o culto de latria que mostra Deus, o único que por natureza é digno de adoração. Por causa de Deus, que é cultuado por sua natureza, honramos os seus santos e servos, como Josué e Daniel cultuavam ao anjo; José era cultuado por seus irmãos e o culto foi baseado em honra, como no caso de Abraão e os filhos de Emor;2 (...) RECEBEMOS O CULTO TOTALMENTE, DE ACORDO COM A SUA MEDIDA APROPRIADA.” (S João Damasceno. Apologia Contra os que Condenam Imagens. Cap. 01, P. 14, anos 676-749) Na latria, interagimos diretamente com Deus por meio do sacrifício da carne e do sangue do Cristo, presentes no elemento do pão e vinho. A finalidade da ‘latria’ ou adoração é exclusivamente reparatória, pois, objetiva nos livrar da morte eterna, nos levando a participar gratuitamente do evento eterno do sacrifício de Jesus, única coisa no mundo suficiente e necessário para não nos excluir da vida com Deus.
1CATECISMO.100.4 Culto de adoração a Deus§28 Em sua história, e até os dias de hoje, os homens têm expressado de múltiplas maneiras sua busca de Deus por meio de suas crenças e de seus comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações etc.). Apesar das ambiguidades que podem comportar, estas formas de expressão são tão universais que o homem pode ser chamado de um ser religioso;
2Então Abraão levantou-se e, prostrando-se diante do povo daquela terra, Aos filhos de Het, disse-lhes: “Se me permitis trazer minha defunta e enterrá-la, ouvi-me: Intercedei por mim junto de Efron, filho de Seor, (Gênesis 23, 7)