R: Há várias revelações sobre o Batismo nas Antigas Escrituras. Uma em especial, encontramos no episódio das ÁGUAS DE MERIBÁ, quando o povo hebreu reclamava com Moisés da falta d´’agua no deserto, logo após a fuga do Egito: “Porque nos fizeste sair do Egito e nos trouxeste a este péssimo lugar, em que não se pode semear e onde não há figueira, nem vinha, nem romãzeira, e tampouco há água para beber? Apareceu-lhes a glória do Senhor, e o Senhor disse a Moisés: Toma a TUA VARA e CONVOCA A ASSEMBLÉIA, tu e teu irmão Aarão. Ordenareis ao rochedo, diante de todos, que dê as suas águas; FARÁS BROTAR A ÁGUA DO ROCHEDO E DARÁS DE BEBER À ASSEMBLEIA e aos seus rebanhos. Tomou Moisés a vara que estava diante do Senhor. Em seguida, tendo Moisés e Aarão convocado a assembleia diante do rochedo, disse-lhes Moisés: – Ouvi, rebeldes: acaso faremos brotar água deste rochedo? Moisés levantou a mão e FERIU O ROCHEDO COM A SUA VARA duas vezes; as águas jorraram em abundância, de sorte que beberam, o povo e os animais. Em seguida, disse o Senhor a Moisés e Aarão: Estas são as águas de Meribá, onde os israelitas se queixaram do Senhor, e onde este fez RESPLANDECER A SUA SANTIDADE.” (Números 20. 5-13) A água que brotou do rochedo é uma representação da água do Batismo, pois: 1. A rocha é era a figura representativa de Cristo no Antigo Testamento: Deus é a minha rocha onde encontro o meu refúgio, meu escudo e força de minha salvação, minha cidadela e meu refúgio. (2 Sm. 22,3) Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. (Atos dos Apóstolos 4, 11) 2. A água fluiu da rocha, após ser ferida com cajado por Moisés, como a água que escorreu de Cristo na cruz, após ter sido ferido com uma lança: “Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. (S. João 9, 34 e 35) 3. Foi dada a toda assembleia de Israel é o agrupamento dos fiéis que vão adorar a Deus, e suplicar perdão pelos pecados, sendo a representação da Igreja: Se, pois, em uma assembleia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos? (1 Coríntios 14, 23) 4. Evitou a morte do povo que perecia com sede no deserto, assim como o Batismo evita a morte daquele que jaz no deserto do pecado original: (...) a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna.” (S. João 4, 14) A água batismal é a ampliação do Corpo de Cristo até nós, nos dias de hoje, em sua humanidade (na qual habita a Divindade), presente em todos os lugares, e que nos é compartilhada para dar início a vivência na fé necessária à salvação, nos trazendo a unidade com o Cristo crucificado: “(…) FORMAMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO.” (Romanos 4.5) “[…] HÁ UM SÓ CORPO, E UM SÓ BATISMO.” (Efésios 4.4)