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Quem defende submissão, hierarquia ou superioridade do homem em relação a mulher, além de desumanizar o gênero feminino, também ofende a dignidade Divina que os criou, a ambos, sem distinção, a sua imagem.1 Não se pode interpretar a palavra ‘auxiliar’ empregada para condição da mulher em relação ao homem2 como se fosse uma relação trabalhista entre patrão, empregado ou serviçal. ‘Auxiliador’ ou ‘e-zeer’ no hebraico do Genesis, significa aquele que luta ao seu lado. Esse termo é também usado em relação a Deus como nosso auxílio: ‘EXULTAI EM DEUS, QUE É O NOSSO AUXÍLIO.’ (Salmo 80) 'DEPRESSA, VINDE EM MEU AUXÍLIO, SENHOR, MINHA SALVAÇÃO!’ (Salmos 37, 23) Há os que argumentem que metáfora de Cristo como ‘esposo’ da Igreja, sendo dela, o Cabeça ou Chefe, firmaria autoridade dos maridos como chefes, ou controladores das esposas. Todavia se esquecem que Cristo é Senhor e Servo: ‘EU VIM PARA SERVIR E NÃO PARA SER SERVIDO.' ’(São Mateus 20,28) Essas duas realidades estão bem presentes nas orientações matrimoniais das Cartas Paulinas, pois se o esposo é colocado como ‘chefe’, a ele também incumbe dar sua vida pela esposa. E quem dá a vida é o servo pelo seu Senhor: ‘MARIDOS, AMAI VOSSAS ESPOSAS COMO CRISTO AMOU A IGREJA E SE ENTREGOU POR ELA.” (Efésios.5, 25) As penas eternas e temporais, que recaíram sobre Adão e Eva (Gn 3: 16-23) , não por vontade de Deus, mas por consequência dos atos dos primeiros pais, foram levantadas em razão do sacrifício de Jesus na cruz. Logo, a pena eterna é extinta na eternidade, como a morte eterna que é excluída pela vida eterna na ressurreição; ao passo que as penas temporais, como a dominação do homem a mulher; a sujeitão desta as dores do parto, e a obrigação do marido exclusivamente prover a família com o suor e esforço do seu trabalho, foram extintas já em nosso tempo. Assim, o homem não peca porque a mulher, com seu trabalho, lhe ajuda com o sustento da casa; e nenhuma mulher está em pecado porque deu a luz com anestesia, nem porque não se submeteu aos caprichosos desejos e vontade de seu marido, como se fosse sua escrava. Aos católicos, recomendo a leitura do Documento Conciliar ‘Mulieris Dignitatem’ do Papa S. João Paulo II, que fala sobre o assunto.


1 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. (Gn 1, 27)   

2 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma AUXILIAR que lhe seja ADEQUADA.”(Gn 2, 18)   




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