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Para validar o Batismo não é preciso o mergulho de corpo inteiro nas águas contidas num recipiente artificial  - poço; ou natural - rios, mar e lagos. Ora, quando Deus anunciou aos profetas o Batismo que viria no futuro por meio de Cristo, o anunciou realizado por aspersão, que consiste espalhar gotas d’agua em pouca quantidade sobre a cabeça dos indivíduos: "Eis como farás para puri­ficá-los: ASPERGE-OS COM ÁGUA DO RESGATE, lavem as suas vestes e purifiquem-se a si mesmos." (Números 8, 7) “ASPERGIREI ÁGUAS PURAS sobre vós, e ficareis purificados,” (Ezequiel 36.25)  No hebraico, língua na qual os livros do Antigo Testamento foram escritos, a palavra aspergir (ורו׃ הרָטּוטה) significa exatamente borrifar, salpicar e temperar com água. "ASPERGI-ME COM UM RAMO DE HISSOPE E FICAREI PURO. LAVA-ME E FICAREI MAIS BRANCO QUE A NEVE." (Salmo 51,9) As águas do dilúvio, as quais foram um ensaio do Batismo futuro, eram respingos da chuva sobre o rosto e cabeça dos que foram salvos daquela catástrofe: “(...) nos dias de Noé (...), quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a Arca, na qual poucas pessoas, isto é, APENAS OITO SE SALVARAM POR MEIO DAS ÁGUAS. ESSA ÁGUA REPRESENTAVA O BATISMO DE AGORA QUE VOS SALVA TAMBÉM, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela Ressurreição de Jesus Cristo.” (1 S. Pedro 3, 21) O Apóstolo Paulo após ser curado da cegueira, fora imediatamente batizado por Ananias1, dentro de um ambiente doméstico na casa de Judas, onde obviamente, não haviam rios, lagos ou poços de água abundante e profunda para mergulhá-lo. A água é essencial para o ato de de batizar. Entretanto, sua quantidade é apenas um detalhe que não compromete a validade do ato. Não é no volume ou profundidade d’água que se realiza o renascimento espiritual do ser humano, mas em seu próprio elemento. Manada da lateral do corpo de Cristo na cruz juntamente com o seu sangue, é a água, em qualquer quantidade, a substância na qual batizamos pela ação do Espírito de Deus empregada externamente no corpo, para purificação interna da alma, sendo a primeira manifestação do sacrifício de Cristo em nós. Assim foi desde o início da Igreja, desde a época dos Apóstolos: "EIS JESUS, AQUELE QUE VEIO PELA ÁGUA," (1 S. João 5, 6)  "Quanto ao Batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. SE NÃO TIVER ÁGUA CORRENTE, BATIZE EM OUTRA ÁGUA; (Didaqué. Catecismo dos Santos Apóstolos, ano 1. Art. 1 e 3. Cap. Liturgia do Batismo)


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