As escolhas não se limitam em apenas duas opões, quais sejam, fazer o bem ou o mal, mas também em não fazer o mal. O Bem, quando não estiver disponível na ação ativa de praticá-lo, estará na opção de não fazer o mal: “Mas se essa nação, contra a qual me pronunciei, SE AFASTAR DO MAL que cometeu, arrependo-me da punição com que resolvera castigá-la. (Jeremias 18, 8)” […] Mas tolo detesta afastar-se do mal. (Provérbios 19.13) “[…] AFASTAR-SE DO MAL E PRATIQUE O BEM, (1 S. Pedro 3. 11) Ainda que só se tenha duas escolhas más, o ser humano é livre para não escolher nenhuma delas; ou escolher dentre elas, o mal menor, que na verdade é um bem imperfeito, do que se conclui que o mal é sempre uma escolha evitável, seja na prática do bem; na recusa do mal; ou na escolha do mal menor. Mesmo não desejando o matrimônio fiel, o divórcio é um mal menor que o adultério. Logo, a escolha do mal menor enquanto bem imperfeito é uma realidade. O MAL MENOR, em relação ao maior, está situado na categoria de bem, pois é preferível a um mal maior. 'A consciência perplexa é a de quem, diante de dois preceitos estabelecidos, acredita que pecará se escolher um ou outro, (…) e não possa suspender a ação. Se não puder suspendê-la, é obrigado a escolher o mal menor, evitando assim, transgredir o direito natural mais do que o direito humano." Logo, sempre nos será possível evitar o mal. (1)
1 Santo Afonso Maria de Lingório em sua obra Tratado Teologia Moral, de 1.755,