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1. O QUE É A CONVERSÃO? 

R: É um ato de amor. E o amor não ama sozinho, por isso, a conversão é a relação bilateral entre o convertido e Deus: "AQUELE QUE NÃO AMA NÃO CONHECE A DEUS, PORQUE DEUS É AMOR.” (1 S. João 4. 8) O Amor existe antes do ato de amar. Logo, Deus é causa primeira do ato de amar, porque Deus é Amor em essência, sendo o amor humano na conversão, uma resposta ao primeiro Amor em Deus. Ora, todo ato de amar ou permanecer no Amor, começa e termina sempre em Deus. Convergir é retornar. E quem retorna por sua livre vontade é o ser humano, que por livre vontade se afastou de Deus. É o movimento do que se afastou e retornou, tanto quanto daquele que espera e recebe ao que regressa como um filho pródigo. Conversão é  convite de Deus. Sem convite, a ninguém seria dado participar da vida com Deus: NÃO VIM CHAMAR OS JUSTOS, MAS OS PECADORES." (S. Marcos 2,17) - " (...) FELIZ DAQUELE QUE SE SENTAR À MESA NO REINO DE DEUS." (S Lucas 14, 15)” Sem convite, não pode haver aceitação. E os que aceitam, o fazem livremente, movidos não pela obra humana, mas pela graça de Deus inserida na razão, a qual lhes permite ver toda luz, beleza, dignidade e felicidade que só há no Amor de Deus, tornando este mais desejável e atrativo que o pecado: "ENVIOU SEUS SERVOS PARA CHAMAR OS CONVIDADOS, MAS ELES NÃO QUISERAM VIR." (S. Mateus 22, 3) -  “SE UM PODEROSO TE CHAMAR E RETIRA-SE, ELE MAIS AINDA INSISTIRÁ." (Eclesiástico 13, 12)”  


2. O ATO PRIMEIRO DA CONVERSÃO PARTE DE DEUS? 

R: Sim, o ato primeiro é Deus, que nos capacita crer e converter. (Efésios 2. 8) Reagindo livremente a fé na conversão, o convertido se une a Deus, e este, de igual modo ao final, também se une ao convertido. CONVERSÃO É A OBRA ATIVA E PLENA DA DIVINDADE, REATIVA NO SER HUMANO: “CONVERTEI-VOS A MIM E EU ME CONVERTEREI A VÓS. ” (Zacarias 1.3) Se Deus não nos dotasse da capacidade de crer, não haveria conversão. Ele nos chama para o seu convívio, e pela fé, não apenas ouvidos seu chamamento, mas também conseguimos respondê-lo. A liberdade é fruto do poder de Deus, pois o indivíduo só é livre porque Deus quer, e assim o criou. Ele não eliminou  nosso livre arbítrio, mas preparou nossa vontade para quere-lo, lançando luz em nossa razão e consciência, para que pudéssemos reconhecer a felicidade que só há em Deus, desejando-a, livremente, na vontade de nos unirmos a Ele. 




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