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O desamor, a desconfiança e os atos maus desde Adão, criaram entre Deus e nós um abismo que não se pode transpor somente pela ação ou vontade humana. Assim, o ser humano e Deus, antes unidos, tornaram-se incompatíveis e se separaram. A raça humana nessa separação, teve sua natureza desordenada, tornando-se finita e imperfeita, sujeitando-se a morte e a se tornar escrava da sua própria vontade, a qual a todo instante se inclina na busca por coisas que também são finitos e imperfeitas, não conseguindo mais reter em si os Bens da vida eterna necessários para reconciliar com Deus, recuperar o amor, a perfeição e a vida que havia perdido, a qual possuía ao tempo da amizade com seu Criador. A incompatibilidade com Deus não mais lhe capacitava receber diretamente e utilizar em seu proveito a justiça, a perfeição e a vida que vem de Deus, virtudes necessárias a restaurar a condição humana como era antes do pecado: "QUE COMUNHÃO TEM A LUZ COM AS TREVAS?" (1 Coríntios 6,14) Precisava de uma humanidade que estivesse isenta da imperfeita e corrupção para receber de Deus esses dons e reparti-los com aqueles que deles necessitavam para se reconciliar com o Ser Divino. Então, foi a humanidade assumida pelo próprio Deus, que a tomou no amor, no perdão e na justiça, para que com sua morte, esse amor, perdão e justiça que vinham Dele fossem transferidos ao restante da humanidade, como herança aos que assim desejarem receber: "CERTOS DE QUE RECEBEIS, COMO RECOMPENSA, A HERANÇA DAS MÃOS DO SENHOR. ENTÃO, SERVI A CRISTO, SENHOR." (Colossenses 3, 24) Por isso: "HÁ SÓ UM MEDIADOR ENTRE O HOME E DEUS. JESUS CRISTO HOMEM." (1 Timóteo 3, 5) "Cristo não é mediador por ser exclusivamente Deus; pois, Deus, absolutamente imortal e absolutamente feliz, está acima das misérias dos mortais. Mas é mediador enquanto homem. — Duas coisas podemos considerar no mediador: primeiro, a natureza de mediador; segundo, o ofício de unir. Da natureza do mediador é encerrar a distância entre dois extremos. E quando os une, o faz transferindo a um dos extremos o que é do outro. Ora, nada disto pode convir a Cristo enquanto Deus, mas só enquanto homem. Como homem, lhe coube unir os homens com Deus, transmitindo-lhes preceitos e dons perante Deus. Por isso, verdadeiramente se chama mediador, enquanto homem. (AQUINO. Santo Tomás. Q 26. Art. 2° Livro IIIa. Suma Teológica) 

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