* A RAZÃO HUMANA PODE NATURALMENTE AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO?
R: Não, porque a nossa razão natural, em seu instinto de autoproteção, sempre aponta para si própria, vislumbrando soluções adequadas somente ao nossos próprios interesses, conveniência, utilidade e bem-estar. Foge à razão natural, todavia, bendizer a quem nos odeia ou nos fere; assim como partilhar com quem não merece; e também, amar ao próximo como a nós mesmos. O Amor- Benfeitor, também chamado de caridade, é um dom da alma, que excede a tudo que é racional, afetuoso ou natural. Coloca em cheque o valor excessivo que damos a nós mesmos, o qual nos faz desprezar as necessidades e as condição de penúria da vida alheia. Só o Amor que bem quer, e bem faz, nos liberta o nosso amor próprio das suas limitações naturais. Pela razão natural e inteligência emocional, não podemos amar quem nos queira mal, e, sim, concluir que devamos exterminar tudo que possa nos prejudicar ou nos seja contrário. Também pela educação intelectual, somos capazes de arquitetar sabiamente a forma de subjugar aqueles que nos odeiam. A verdadeira bondade não consegue vir da consciência moral ou da educação do intelecto. Amar o inimigo é extremamente necessário para que tanto ele, como nós, possamos aprender o amor, preparando nossas almas para que, através do perdão, nos reencontremos com Deus. Ora, esse amor aos que nos são contrários não é natural, mas sobrenatural: "AMAMOS UNS AOS OUTROS, POIS O AMOR PROCEDE DE DEUS. AQUELE QUE AMA É NASCIDO DE DEUS E CONHECE A DEUS. QUEM NÃO AMA, NÃO CONHECE A DEUS, PORQUE DEUS É AMOR." (S. João 4. 7 e 8)