* HÁ EM NÓS O DOMÍNIO DA RAZÃO E DOS INSTINTOS?
R: O desejo intenso por um bem alheio que cobiçamos, geralmente é causa do roubo. Mas nem todos que desejam aquilo que o outro possui, se tornam ladrões. Ora, quem opta por roubar, determinou esta sua escolha dentro de catálogo de opções contrárias informadas pelo intelecto. Mas se escolheu roubar, é certo que pelo seu juízo racional e pelo desejo sensível, ele identificou, e colocou como fator determinante de sua ação a satisfação da vontade e o lucro fácil que sua conduta ilícita e gananciosa lhe proporcionará. Nisso, temos uma vontade que se volta apenas a satisfação da cobiça, desprezando intencionalmente a caridade ao lesar o próximo, desconsiderando o prejuízo do que trabalhou, e tem direito legítimo de usufruir do fruto do seu trabalho. Escolhendo não roubar, também é certo que em juízo racional, ele mediu a consequência espiritual, legal e social de sua conduta, e o que esse ato custaria a si e aos seus familiares, fazendo com que, deliberadamente, desistisse de levar à frente sua ação criminosa ou mesmo nem a colocasse dentre uma de suas opções de escolha. Haverá sempre mais de uma opção ao nosso redor, dentre as quais, cotidianamente, poderemos que escolher. E para escolher de modo certo, é que os auxílio espirituais, como a oração e os sacramentos, que nos educam na bondade e na justiça, nas quais Deus nos orienta e nos conduz: CATECISMO § 1.742: PELA OBRA DA GRAÇA, O ESPÍRIT SANTO NOS EDUCA À LIBERDADE ESPIRITUAL, PARA FAZER DE NÓS LIVRES COLABORADORES DE SUA OBRA.” Logo, o Bem e o mal sempre se apresentarão diante de nós, como opção: “TOMO HOJE POR TESTEMUNHAS O CÉU E A TERRA CONTRA VÓS: PONHO DIANTE DE TI A VIDA E A MORTE, A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO. ESCOLHE, POIS, A VIDA, PARA QUE VIVAS COM A TUA POSTERIDADE,” (Deuteronômio 30, 19) Portanto: “COMPORTAI-VOS COMO HOMENS LIVRES, E NÃO À MANEIRA DOS QUE TOMAM A LIBERDADE COMO VÉU PARA ENCOBRIR A MALÍCIA, MAS VIVENDO COMO SERVOS DE DEUS. (1 S. Pedro 2, 16) “QUALQUER ESPÍRITO RACIONAL HÁ DE SER MAIS NOBRE E PODEROSO QUE QUALQUER INSTINTO. UM CORPO PODE VENCER UMA ALMA DOTADA DE VIRTUDES? EVIDENTE QUE NÃO. PORTANTO, NÃO HÁ NENHUMA OUTRA REALIDADE QUE TORNE A MENTE CÚMPLICE DA PAIXÃO, A NÃO SER A PRÓPRIA VONTADE E O LIVRE ARBÍTRIO. ” (AGOSTINHO. O Livre Arbítrio e a Origem do Mal, p. 36 Cap. 11 par. 21c)