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*SERIA JUSTA A PUNIÇÃO SEM CHANCE DE PERDÃO?

R: Nenhuma Justiça é perfeita se só possui e busca como único alvo condenar o culpado. O objetivo primeiro da virtude da Justiça é a redenção, que através do arrependimento, desagua no perdão, e realiza a satisfação do dano, tirando o transgressor do estado da culpa, devolvendo-lhe diante do justo Juiz, a inocência perdida: "ARREPENDA-SE DE SEU PECADO POR CAUSA DO CASTIGO." (2 Crônicas 6, 26) Ora, Deus tem mais felicidade no perdão que no castigo. Por isso, "(...) DEUS É TARDIO PARA SE IRAR;" (Naum 1. 3) - "E, DIGO QUE DA MESMA FORMA, HÁ GRANDE ALEGRIA ENTRE OS ANJOS DE DEUS, QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE." (S. Lucas 15, 10) Na perfeição da Justiça que nos conduz através do Amor, o pecador só se torna merecedor do castigo se desprezar o perdão, não confessando seus pecados: "OS TRANSGRESSORES TERÃO O CASTIGO QUE MERECEREM SEUS PENSAMENTOS, UMA VEZ QUE DESPREZARAM O JUSTO E SE SEPARARAM DO SENHOR. TRISTE DAQUELE QUE REJEITA A SABEDORIA E DISCIPLINA." (Sabedoria 3, 10) Não é dado atribuir a Deus a incompletude de uma justiça FALHA que se satisfaz apenas com a punição.(1) A oportunidade gratuita do perdão não se separa do julgamento Divino. É contrário a Justiça do Amor, negar perdão por qualquer meio. Por conta do pecado, a natureza humana tem fome e sede da Justiça que vem do perdão, o qual só encontramos no sacrifício de Jesus: “BEM-A VENTURADOS OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, PORQUE SERÃO SACIADOS. BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ALCANÇARÃO A MISERICÓRDIA.” (S. Mateus 5. 3-12) A Justiça de Deus, portanto, é essa, que Cristo revelou. Não faz parte do caráter do Deus que é Amor, punir sem chance de perdão. Ele não puniria a todos, sem antes, a todos dar o direito de se livrar de tão dolorosa e eterna pena. Uma das faces sublimes do Amor é o perdão, pelo qual são reunidos aqueles que se perderam. As Escrituras jamais afirmaram que a Justiça Divina dispensa o perdão, mas que Deus sempre retarda o castigo, para, antes, dar possibilidade do pecador demover-se do seu pecado: "PELA MANHÃ, DISSERAM OS ANJOS A LÓ: VAI, SE LEVANTA-TE. PEGA SUAS DUAS FILHAS E SUA ESPOSA QUE ESTÃO EM CASA, E VAI-TE, PARA QUE NÃO SOFRA O CASTIGO QUE RECAIRÁ SOBRE ESTA CIDADE." (Gênesis 19, 15)  A condenação só se torna devida, após esgotadas todas as possibilidades de salvação: "ENTÃO CONFESSEI O MEU PECADO, NÃO MAIS ESCONDI MINHA CULPA, E VÓS ME PERDOASTES DA PENA DO MEU DELITO." (Salmo 31, 5) Por causa disso, Cristo nos ensinou a rezar, clamando pela Justiça que vem do perdão: "PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS...(...)"


 Rejeita-se, assim, o seguinte erro: "Todos os homens pecaram em Adão, estão debaixo da maldição de Deus e são condenados à morte eterna. Por isso Deus não teria feito injustiça a ninguém se Ele tivesse resolvido deixar toda a raça humana no pecado e sob a maldição e condená-la por causa do seu pecado, (Canon 1 Sínodo de Dort - igrejas protestantes calvinistas)



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