* DEUS SE OMITE OU AGE PARA O NOSSO MAL?
R: Deus, em seu infinito Amor, jamais negaria ao ser humano, criado a sua imagem e semelhança (Gn 1. 26 -28), a possibilidade da felicidade e vida eterna: “A TUA PERDIÇÃO, Ó ISRAEL, VEM DE TI.” (Oseias 13, 9) Por isso, Ele imprimiu no espírito de cada um de nós, a vocação para tender disposto à viver ao seu lado na eternidade. O Criador não despreza ninguém que ele permitiu nascer: “DEUS QUER QUE TODOS OS HOMEMS SEJAM SALVOS." (1)(1 Timóteo 2, 4) Se vocasse uns para querer e buscar a salvação; e outros não, estaria negando seu Amor, negando a estes um Bem que só Ele poderia lhes dar, pois, sem vocação para a fé, para o amor e para as virtudes espirituais, não seria possível a ninguém conhecer, desejar e interagir com Deus para se salvar. Todavia, o Amor de Deus não tem limites, não sendo contido no tempo, espaço ou na sua relação com os seres viventes e toda obra de sua criação: “DEUS NÃO É O AUTOR DA MORTE, A PERDIÇÃO DOS VIVOS NÃO LHE DÁ ALEGRIA ALGUMA.” (Sabedoria 1, 13) Para que ninguém Dele se perca, é que atua, segundo os critérios de permanência no bem-querer e no bem-fazer que nos instituiu, conforme a sua Justiça e o seu perdão(2): “PERMANECEI EM MIM, QUE EU PERMANECEREI EM VÓS. (S. João 15, 4) “
1 Concílio Católico de Trento . 816. Cân. 6. Se alguém disser que não está no poder do homem tornar os seus caminhos maus, mas que Deus faz tanto as obras más como as boas, não só enquanto Deus as permite, mas [as faz] em sentido próprio e pleno, de sorte que não é menos obra sua a própria traição de Judas do que a vocação de Paulo — seja separado da nossa fé.
2 Rejeita-se assim, o seguinte ERRO: ‘Ele deixa os não-eleitos em sua própria maldade e dureza. E aqui especialmente nos é manifesta a profunda, misericordiosa; (Cânon de Dort. Cap. 1. Par. 6, ano 1.618 – igrejas protestantes calvinistas)