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A fé se torna refém dos sentidos, se não se consegue crer senão no que se vê e se toca. Isso confunde a razão, pois os sentidos só captam acidentes que são visíveis, e não as substâncias das coisas que são invisíveis. Para melhor entender: Quando olhamos o céu espacial, vemos a cor azul enquanto um acidente visual, porque o espaço não tem cor. Mas a substância do espaço que é o vácuo não vemos, porque é invisível. Mas está lá, sob a aparência do azul. Igual ao mar, pois quando olhamos o verde das águas não vemos senão um acidente visual, pois o verde-azul do mar não está na substância da água que é incolor, e, portanto, transparente. Através das espécies visíveis do pão e vinho que vemos e recebemos, honramos as realidades invisíveis da carne e sangue neles presentes, pois se a natureza é capaz de causar acidentes visuais, dirá Deus, que pode alterar tanto nossa visão, quando nosso paladar. Percebemos pelos sentidos apenas aquilo que é próprio dos sentidos. Mas convém que as coisas da fé se mostrem invisíveis para mérito da própria fé. Os judeus viram Cristo e não puderam crer ser Ele Deus, porque não viam outra coisa, senão um homem de carne e ossos: “SE ÉS FILHO DE DEUS, DESCE DA CRUZ.” (S. Mateus 27. 40). Cristo lhes disse para comerem de sua carne e tomarem do seu sangue. Isso foi difícil e duro demais para que os fariseus acreditassem: “A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: “COMO PODE ESTE HOMEM NOS DAR DE COMER A SUA CARNE? (São João 6, 52)” Como os fariseus tinham dificuldade em crer na Divindade de Cristo porque viam apenas humanidade, muitos hoje tem dificuldade em crer na carne e sangue de Cristo porque veem apenas pão e vinho. Todavia, “FELIZ AQUELE QUE NÃO VIU, E CREU, disse Cristo a Tomé. (S. João 20. 14). Por isso: "PARECIA-VOS QUE EU COMIA E BEBIA CONVOSCO, MAS O MEU ALIMENTO É UM MANJAR INVISÍVEIS, E MINHA BEBIDA NÃO PODE SER VISTA PELOS HOMENS." (Tobias 12. 19) 



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